quinta-feira, 17 de março de 2011

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No que a morte te faz pensar? Zumbis, não, não vim falar sobre zumbis. Vampiros? Menos ainda. Mas algo muito pior, algo que te conhece e sabe como fazer você se dobrar e chorar com simples palavras. Sim, pessoas, o que pode fazer mais mal a uma pessoa do que outra pessoa? Afinal tem a mesma natureza. Isso eu entendo, o que eu não entendo é o porque as pessoas insistem tanto em fazer besteiras que , além de se prejudicarem, prejudicam os outros. Não entendo como alguém que eu amei, alguém que deveria me amar, pode me desprezar tanto e me causar tanto desgosto. Meu pai é alcoólico desde que eu o conheço, eu sempre suportei tudo o que ele fez a esperança de um dia ele parar, mas então percebi que ele não ia parar. Eu era paciente, porque alguém precisava ser paciente com ele, mas ninguém era paciente comigo. E no final ele era tudo o que eu tinha, aquele homem sujo e fedido era tudo o que eu tinha, e eu sabia que enquanto ele estivesse vivo eu continuaria me lembrando de que o sangue dele corre pelas minhas veias, que eu sou , de certa forma, parte daquilo, parte dele. E aquilo me corroía por dentro, eu não conseguia me olhar no espelho sem ver os olhos dele, eu não conseguia sair e ver meninas normais, felizes com seus pais que ficava brava, pois sabia que nunca teria aquilo .
Mas naquele dia ele chegou em casa berrando mais alto do que nunca, vomitando em todo o chão e quebrando tudo pelo caminho, e decidi que aquela história deveria ter um fim. Aquele drama todo deveria acabar, isso era certo, e se a justiça não agisse em meu favor, se os policiais continuassem a ignorar minhas queixas, eu mesma me vingaria. Mas deveria ser sutil, mesmo que isso fosse um pouco impossível visto que ele era muito barulhento, mas eu conseguiria, e quando ele entrou na cozinha me chamando de puta e ordenando algo pra comer (que eu sabia que não era comida) eu tomei a decisão final. 
Tentei ignorar um pouco o quanto ele estava deplorável e levei-o para o quarto dele, deitei-o na cama e tirei seus sapatos, e observei-o enquanto ele caía no sono. Quando já estava roncando não tive como me impedir de ir até a cozinha e pegar a maior faca, voltei ao quarto e tentei calcular onde era seu coração. E, com toda força possível, atingi a faca na região. Porém, com a dor, ele acordou, imprestável, nem morrer direito ele sabe. Ele deu um grito e eu, como por reflexo, dei uma outra facada agora em seu estômago. Ele gritou de novo, estava sofrendo, e eu estava gostando de ouvir aquilo, por mais sádico e insensível que pareça, eu realmente estava gostando de ver aquele filho da puta que eu era obrigada a chamar de pai ensanguentado e cheio de dor. Instintivamente comecei um movimento de vai e vem com a faca por todo seu corpo, o sangue escorria pelo seu corpo e ele sangrava pela boca também, o lençol estava já vermelho e minha blusa já estava ficando manchada mas eu não conseguia me controlar, era instintivo e realmente desestressante, deviam usar isso em terapias . Logo ele parou de gritar e de se mexer, finalmente eu tinha tirado sua vida, me senti orgulhosa de ter feito aquilo com minhas próprias mãos. .
Sentei na cadeira ao lado da cama e fiquei observando seu corpo agora sem vida, o sangue  escorria para o chão e a minha roupa toda estava manchada, eu ainda ouvia os gritos dele ecoando na minha cabeça e fechava os olhos não querendo nunca parar de ouvir. Eu finalmente tinha me libertado, agora nada me impediria de sair pelo mundo sem me preocupar, e agora que ele já não mais existia eu poderia ser eu mesma, e não a filha dele. Quis me livrar do corpo porém não sabia o que fazer com ele, então acabei deixando-o do jeito que estava. Me lavei no banheiro, troquei minhas roupas e desci as escadas. Saí de casa, montei em minha moto e saí correndo, sem rumo, sem responsabilidades, sem medo, sem nada. Do jeito que eu sempre quis, pois agora poderia conquistar tudo o que quisesse.

sábado, 5 de março de 2011

Pijamas


Não há nada  melhor do que acordar de manhã, tomar café e voltar pra cama, e ficar no computador ou assistindo televisão, ou no sofá brisando, mas passar o dia inteiro de pijama. Tem uma marca de confecções que diz que tem  "roupas gostosas com um abraço"  , eu não acreditava nisso, mas agora eu acredito. É provavelmente só mais uma paranóia minha,  mas eu realmente amo ficar de pijama, ainda mais nesse frio, é tão ... tão ... mágico . Eu me sinto tão bem, como se nada importasse porque eu tou de pijama,  se eu tou de roupa é porque eu vou ter que sair, ou receber visita, mas de pijama eu não tenho nenhuma obrigação e posso fazer o que eu eu quiser. Pijama =  liberdade.

Dias Melhores



"Vivemos esperando

O dia em que

Seremos melhores

Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo"
                                                        
                                                           Dias Melhores-Jota Quest

Mas ,talvez, a gente devia parar de apenas esperar ,e fazer esses dias melhores acontecerem.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Bad Girl

Você é uma menina má e você fez algo mau.
Você é uma menina má e isso foi fatal
Você é uma menina má , está atestado
Você é uma menina má e nem percebe que alguém saiu machucado


Você é uma menina má e você espalha terror
você é uma menina má sem sentimentos por isso não sente a dor .
Você é uma menina má e você já se acostumou
você é uma menina má e a noite chegou.


Você é uma menina má e agora é sua hora ,
Você é uma menina má ,que a madrugada adora
Você é uma menina má ,mas está clareando
Você é uma menina má e é hora de ir embora .


Você é uma menina má e a o sol está chegando
e agora você está desorientada, não sabe o que fazer
não há onde se esconder,
por causa da luz tudo está embaçando
por causa da luz todos estão te enxergando
todos te veêm e dizem:
-Você é uma menina má .


E para onde você vai agora
pequeno gênio do mal
não sabe que o mundo lá fora
cansou de ser teu quintal.
Ninguém te estende a mão
ninguém acha que tu
possuis um coração
Não sei para onde  vais agora
pequeno gênio do mal
só peço que não retornes
não venhas causar confusão


Não sei para onde vais
Não sei de onde vens.
Mas vá com o vento e vás em paz
Quem sabes um dia pode ser alguém


baseado na personagem Kate Austen da série Lost

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

-

vou tentar, digo isso bem claramente , TENTAR, usar mais essa budega aqui

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Inocencia Escrupulosa - capitulo 1

Olhando para meu relógio de bolso, percebi que fazia 6 horas que estávamos viajando, sendo assim 8 horas desde que recebi aquele telegrama dizendo que havia algo de muito estranho acontecendo no vilarejo Sanchez, ao norte de Santa Rosa. Aquilo seria uma perda de tempo,pensei, as pessoas vivendo atualmente no Rio Grande do Sul eram todas descendentes de alemães, eram sádicas e estranhas, era normal coisas acontecerem que os povos estrangeiros julgavam “esquisitas”. Como estava vindo do Rio e ainda havia mais de 10 horas de viagem – se o cavalo agüentasse andar sem paradas – decidi tentar dormir. Não havia espaço na carruagem, era verdade, mas consegui apoiar um travesseiro contra a janela e descansei minha cabeça sobre o mesmo.
Quando acordei me surpreendi, tinha dormido a viajem inteira. Eu deveria estar mesmo muito cansado depois de ir atrás daquelas ciganas em Niterói. Estava chovendo quando desci da carruagem, uma chuva fina, mas fria. Tentei apertar mais a minha jaqueta a meu corpo, mas isso não foi de muita ajuda.
-Senhor Keynes, a casa do xerife é aquela amarela – disse o carroceiro, apontando-  acho que você pode ir sozinho para lá, eu vou arranjar um lugar para deixar Brownie. – Brownie era o cavalo, meu cocheiro sempre dava nome de doces para seus cavalos, isso me deixava com fome em minhas viagens.
-Pode ir Fernando- respondi- encontro você na pousada depois de trocar minhas palavras com o tal xerife.

Fernando estava comigo há 5 anos, era um ótimo dirigente de carruagem e sempre me ajudava em minhas investigações. Eu havia começado nesse negócio inicialmente com meu pai, ele morreu há 7 meses então eu tive que assumir o posto dele, como estávamos passando por mudanças no país, muitas pessoas conseguiam se aproveitar da situação de vulnerabilidade aplicando golpes e era preciso ter alguém para ir atrás dessas pessoas. Era isso que eu fazia no começo, mas depois de algum tempo e um caso de homens se fingindo de vampiros na Bahia eu passei a ser chamado para casos sobrenaturais, que não passavam de pura farsa, mas abalavam a fé de vários povos, mexendo com suas crenças.
Dirigi-me então a casa do xerife e bati na porta. Depois de algum tempo uma senhora atendeu a porta. Parecia velha e cansada, cabelos brancos enchiam sua cabeça, olheiras cobriam-lhe o rosto e ela carregava um frasco de remédios.
-Quem é você?  –  perguntou a mim, um pouco rabugenta.
-Detetive Keynes, senhora, vim aqui a chamado do Senhor Amaral.
-Aah, então você veio botar um jeito nessa bagunça, pode entrar, ele está ali na cozinha.
E acenou para onde eu deveria ir. Chegando no aposento encontrei um homem, que deduzi ser o xerife local, estava com calça e agasalho do moletom, provavelmente pijamas, desfrutando de um bolo que exalava um ótimo cheiro e uma caneca de café. Demorou cerca de meio minuto até ele notar minha presença, quando o fez, meio encabulado de estar tão distraído, me convidou para se juntar a ele em seu lanche e começou a me falar do ocorrido :
-Eu realmente não entendo o que está acontecendo, senhor Keynes, nem sei como começou, mas faz menos de um mês. Os animais aqui no vilarejo estão agindo de forma diferente, estão tímidos e hostis, como se estivessem sempre assustados. As plantações não rendem mais, parece que alguém as pisoteiam toda noite, mas alguém com pés anormalmente grandes. E foi um péssimo período para isso acontecer, acabou de se mudar pra cá uma família nobre, com vários animais e três crianças. Moram no casarão no fim da rua 4 e mesmo se mostrando indiferentes à situação sinto que vão se mudar logo logo.
-E o que aconteceria de mal se eles se mudassem ?
-Bom, eles são investidores de nossas terras, moravam em São Paulo e nos mandavam o capital, mas agora vieram acompanhar as coisas de perto e, se não se agradarem, podem desistir de ajudar em nosso plantio.
Tomei um longo gole de café, pensando em como poderia  começar a me mobilizar, primeiro precisaria de tempo para conhecer melhor a cidadezinha e seus moradores, para descobrir quem e porque, e precisaria ver os animais e as plantações, para descobrir o como.
-Para concluir alguma coisa é preciso primeiro aprofundar meus conhecimentos sobre os fatos - repliquei - estou hospedado na pousada da senhorita Frankie, o senhor teria alguém que pudesse me levar para conhecer o vilarejo?
-Claro, mandarei um de meus empregados pela manhã.
-Obrigado xerife.
E ficamos ali, gastando conversa, até que a chuva parasse e eu pudesse ir para a pousada descansar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sai daqui

segunda semana de férias, sexta de noite, eu ligo a televisão e ouço um cara falando


"minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, senoA cossenoB , senoB cossenoA


FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU