terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Inocencia Escrupulosa - capitulo 1

Olhando para meu relógio de bolso, percebi que fazia 6 horas que estávamos viajando, sendo assim 8 horas desde que recebi aquele telegrama dizendo que havia algo de muito estranho acontecendo no vilarejo Sanchez, ao norte de Santa Rosa. Aquilo seria uma perda de tempo,pensei, as pessoas vivendo atualmente no Rio Grande do Sul eram todas descendentes de alemães, eram sádicas e estranhas, era normal coisas acontecerem que os povos estrangeiros julgavam “esquisitas”. Como estava vindo do Rio e ainda havia mais de 10 horas de viagem – se o cavalo agüentasse andar sem paradas – decidi tentar dormir. Não havia espaço na carruagem, era verdade, mas consegui apoiar um travesseiro contra a janela e descansei minha cabeça sobre o mesmo.
Quando acordei me surpreendi, tinha dormido a viajem inteira. Eu deveria estar mesmo muito cansado depois de ir atrás daquelas ciganas em Niterói. Estava chovendo quando desci da carruagem, uma chuva fina, mas fria. Tentei apertar mais a minha jaqueta a meu corpo, mas isso não foi de muita ajuda.
-Senhor Keynes, a casa do xerife é aquela amarela – disse o carroceiro, apontando-  acho que você pode ir sozinho para lá, eu vou arranjar um lugar para deixar Brownie. – Brownie era o cavalo, meu cocheiro sempre dava nome de doces para seus cavalos, isso me deixava com fome em minhas viagens.
-Pode ir Fernando- respondi- encontro você na pousada depois de trocar minhas palavras com o tal xerife.

Fernando estava comigo há 5 anos, era um ótimo dirigente de carruagem e sempre me ajudava em minhas investigações. Eu havia começado nesse negócio inicialmente com meu pai, ele morreu há 7 meses então eu tive que assumir o posto dele, como estávamos passando por mudanças no país, muitas pessoas conseguiam se aproveitar da situação de vulnerabilidade aplicando golpes e era preciso ter alguém para ir atrás dessas pessoas. Era isso que eu fazia no começo, mas depois de algum tempo e um caso de homens se fingindo de vampiros na Bahia eu passei a ser chamado para casos sobrenaturais, que não passavam de pura farsa, mas abalavam a fé de vários povos, mexendo com suas crenças.
Dirigi-me então a casa do xerife e bati na porta. Depois de algum tempo uma senhora atendeu a porta. Parecia velha e cansada, cabelos brancos enchiam sua cabeça, olheiras cobriam-lhe o rosto e ela carregava um frasco de remédios.
-Quem é você?  –  perguntou a mim, um pouco rabugenta.
-Detetive Keynes, senhora, vim aqui a chamado do Senhor Amaral.
-Aah, então você veio botar um jeito nessa bagunça, pode entrar, ele está ali na cozinha.
E acenou para onde eu deveria ir. Chegando no aposento encontrei um homem, que deduzi ser o xerife local, estava com calça e agasalho do moletom, provavelmente pijamas, desfrutando de um bolo que exalava um ótimo cheiro e uma caneca de café. Demorou cerca de meio minuto até ele notar minha presença, quando o fez, meio encabulado de estar tão distraído, me convidou para se juntar a ele em seu lanche e começou a me falar do ocorrido :
-Eu realmente não entendo o que está acontecendo, senhor Keynes, nem sei como começou, mas faz menos de um mês. Os animais aqui no vilarejo estão agindo de forma diferente, estão tímidos e hostis, como se estivessem sempre assustados. As plantações não rendem mais, parece que alguém as pisoteiam toda noite, mas alguém com pés anormalmente grandes. E foi um péssimo período para isso acontecer, acabou de se mudar pra cá uma família nobre, com vários animais e três crianças. Moram no casarão no fim da rua 4 e mesmo se mostrando indiferentes à situação sinto que vão se mudar logo logo.
-E o que aconteceria de mal se eles se mudassem ?
-Bom, eles são investidores de nossas terras, moravam em São Paulo e nos mandavam o capital, mas agora vieram acompanhar as coisas de perto e, se não se agradarem, podem desistir de ajudar em nosso plantio.
Tomei um longo gole de café, pensando em como poderia  começar a me mobilizar, primeiro precisaria de tempo para conhecer melhor a cidadezinha e seus moradores, para descobrir quem e porque, e precisaria ver os animais e as plantações, para descobrir o como.
-Para concluir alguma coisa é preciso primeiro aprofundar meus conhecimentos sobre os fatos - repliquei - estou hospedado na pousada da senhorita Frankie, o senhor teria alguém que pudesse me levar para conhecer o vilarejo?
-Claro, mandarei um de meus empregados pela manhã.
-Obrigado xerife.
E ficamos ali, gastando conversa, até que a chuva parasse e eu pudesse ir para a pousada descansar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sai daqui

segunda semana de férias, sexta de noite, eu ligo a televisão e ouço um cara falando


"minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, senoA cossenoB , senoB cossenoA


FUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Diferenças

Se uma pessoa não admite que é diferente,ela é diferente. Se uma pessoa é diferente, ela é diferente. Se ela se julga diferente, ela quer ser diferente, mas não é tanto quanto a que é mesmo diferente. Se ela quer ser diferente ela apela para ações exclamativas,berrantes e plágios das pessoas que realmente são diferentes. E se ela copia a pessoa que é diferente as duas ficam iguais. Então, não existe esse negócio de que fulano é "diferente", pois ciclano já copiou essa diferença.
Vendo por essa lógica, somos todos um  bando de iguais, e é exatamente isso.

Coitado uma ova

As pessoas se drogam porque querem. As pessoas se viciam porque elas escolhem quando ter a primeira tragada. Elas perdem tudo porque decidiram ir por esse caminho. Elas se fodem porque são burras o suficiente pra fazer as besteiras que as levaram a onde estão. Cada um colhe o que planta. E não, eu não tenho pena do drogado que perdeu tudo e teve sua família morta mas mesmo assim não consegue largar o vício. Quero mais é que ele tome no meio do rabo e pare de se fazer de coitado.

O caso da lagartixa

Um dia entrou uma lagartixa no meu quarto. Eu fiquei muito assustada e não consegui dormir. Mas aí eu percebi que apesar de ser feia e dar medo ela não fez nada de mal pra mim. Aí eu vi que as horas não dormidas me deram muitas dores e olheiras, agora eu sei que quando uma lagartixa entra no meu quarto eu devo mata-la se quero que o dia seguinte seja produtivo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

quem sou eu ?

Eu = primeira pessoa do singular - pronome pessoal do caso reto

Em segundo lugar

Vivendo do Ócio é uma banda brasileira de rock e indie rock formada em Salvador, Bahia.



Em primeiro lugar


ócio :

s.m. O não fazer nada.
Tempo de que se pode dispor; descanso, repouso; vagar.
Preguiça, vadiagem.
Ociosidade.